quinta-feira, 30 de maio de 2013

Serviço Militar!

Não lembro de alguma vez ter visto alguma referência militar automóvel em Macau, mas há uma primeira vez para tudo!
Um simpático Suzuki Jimny, primeira geração, conhecido pelo seu nome de código, o SJ10, a replicar um veiculo de serviço militar.
Para ser sincero, não gosto do camuflado, mas acho imensa piada a estes pequenos jipes, despretensiosos e cheios de carácter! São cómicos, sub-motorizados, nada confortáveis mas é o tipo de carro que puxa por um sorriso.

Garantidamente não vamos ser o mais rápido lá do bairro, nem vamos subir montanhas, mas talvez se consiga subir um passeio mais alto, ainda que se tenha que puxar bem pela mecânica...
Estavam disponíveis na altura 3 motorizações: 359cc, 539cc e 797cc
Cavalos? Alguns... O mais potente tinha 41 cavalos, e a versão de menor cilindrada tinha uns corajosos 22 cavalitos.

Um carro todo aberto é giro. Os cabelos ao vento e a alta exposição aos elementos torna a condução mais interessante e completa. Mas em Macau, com este calor e humidade... Não sei se será uma boa aposta!
Para quem me conhece, estranhará este comentário, mas não me importaria nada de ter um carrinho destes para umas voltinhas, ou até mesmo para fazer a vidinha diária.

Acho mesmo que estes ares me estão a fazer mal... Fiquem com as fotos!

Os vários escudos e autocolantes Portugueses levam-me a pensar que possa ter sido um veiculo militar da altura em que Macau era Português. Até luzes noturnas tem. 

As jantes e volante mais quadrante indicam que será dos últimos modelos da primeira geração. O capacete na roda suplente é um toque engraçado.

Um interior espartano, mas agradável. Muito simples e directo. Mais referências Portuguesas, ao ramo dos Rangers ou Paraquedistas. Interessante!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O mini terror dos semáforos.

Viver em Macau abriu uma nova noção de "realidade" em ralação aos automóveis. O factor espacial limita tanto o uso do carro, que começamos a pensar que um motor 1.3cc já é demasiado.
Por esta altura, já devem saber que Macau é uma cidade muito pequena, bastante movimentada, onde, tudo o que é estrada com mais de 700 metros de 2 vias tem radar de controlo de velocidade. Salta-se de semáforo em semáforo, cercado de scooters, com passadeiras e maus condutores. Tudo isto, em pequenas avenidas, a uma velocidade tão aborrecida que falar ao telefone até é seguro...

Isto fez-me pensar na pouca necessidade de ter um carro grande. Ou já agora, um carro médio.

E que tal, aprender alguma coisa com os Japoneses? Carros pequenos, com cilindradas pequenas, mas picantes, com uns cavalitos trabalhadores extraídos dum motor muito rotativo, ou ajudado por um turbo igualmente de dimensões reduzidas.

É com isto em mente, que o meu gosto (ou falta dele...) é transportados para os pequenos Kei Car.
Gosto dos pequenos desportivos, com cilindradas inferiores a 1000cc, mas muito leves, e com um look um pouco "infantil", mas ao mesmo tempo, sabichões. Versões pouco sérias de automóveis minúsculas, mas com um toque e atitude de corrida de fim-de-semana. É o suficiente para arrancar a fundo nuns semáforos, ou fazer umas curvas ali na "serra" de Coloane, também ela pejado de radares.

Este engraçado Daihatsu Copen costuma andar a passear-se pela zona onde trabalho, e tem um som bastante engraçado. O seu motor 660cc com um pequeno turbo-compressor, e uns simpáticos 68cv, rosna duma forma que me leva a pensar que já possa ter sido "mexido", porque arranca muito bem, e o barulho forte da dump-valve não nos deixa enganar.

Esteticamente está com piada. Tem um "look race", mesmo à japonesa, e é mesmo isso que se procura num carro destes. Jantes giras, kit estético interessante, entrada de ar no capot também acho fixe, e acima de tudo, é o conjunto. No interior com baquets e um volante desportivo mantêm o carisma rapidinho e trabalhador para o condutor. Deixo-vos umas imagens para serem também vocês a julgar.

Sabem que mais? Na altura de ver um carro para mim, vou andar de olho nestes carros. Gosto mesmo disto!

Tem ou não pinta? Carregado dela! Acho que ainda consigo criar alguns paralelismos ao meu AX GTi...

A entrada de ar é usada no Japão pela malta que leva estes pequenos carros para a pista. Só trocava as luzes azuis, por umas amarelas! Pior, não?

Gosto da "asa" traseira. É grande, e parece não ter grande sentido estético. E comparar o tamanho do Copen, com um mini SUV ao seu lado? Cómico.

Dupla ponteira de escape, de grandes dimensões. Os pára-choques e embaladeiras não são assim tão maus. Até compõem bem o ramalhete.

Jantes pouco habituais nos copen. Acho que ficam muito bem, e por mim, podiam ser estas...

Baquets e volante race. Obrigatório, não? Parece que encaixamos ali, e lá vamos nós fazer umas curvinhas para Coloane!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Tão parecido com o pai!

A pedido de várias famílias, apresento-vos o Toyota FJ Cruiser. Mais direto ao assunto seria impossível...
Este SUV, apresenta um design retro inspirado na lenda criada pela Toyota, o robusto e intemporal FJ40 Land Cruiser. Não é difícil ver as parecenças, e é bastante interessante entender a interpretação da equipa de designers, no processo de criação deste modelo.

Foi inicialmente um concept apresentado nos estados unidos, e com tamanha receptividade, teve luz verde para produção. Inicialmente, a venda era apenas feita na América do norte, mas com o mercado japonês a querer também este "ícone", começou também a ser comercializado pela Ásia.

Como não poderia deixar de ser, cá em Macau, a moda também pegou, e vê-se com muita frequência FJ's aqui pelas ruas macaenses. Sim, ruas, porque por cá o único TT que se pode fazer é subir passeios. Claro que levanta esta questão. Porquê é que alguém em Macau precisa de um jipe? Ninguém precisa, e torna-se pateta ter um veiculo destes aqui na cidade do jogo.
Torna-se ainda mais ridículo e algo cómico quando vemos SUV's ou jipes fortemente preparados para todo-o-terreno. Ainda que não os tenha fotografado, temos dois FJ super preparados para TT, com bastante pinta e bom gosto. Mas não deixa de ser parvo...

Não dúvido das capacidades fora de estrada deste carro, e com uma mecânica V6 de quatro litros, e uns confortáveis 239 cavalos, mexe-se bem de semáforo em semáforo...

Bem, para concluir, e não querendo arrastar muito este assunto da versatilidade dum jipe numa cidade apertadinha, quero apenas referir que acho um carro bastante interessante. Tem um estilo curioso, e sendo "filho de quem é", torna-se um objeto de desejo. Geralmente são "putos novos" que os conduzem, com estilos mais irreverentes, passeiam-se num carro que tem pinta.

Por mim, aprovadíssimo, mas não para Macau...

É difícil não ver aqui o velhinho Land Cruiser de 1960. Um design muito original e cativante.

A secção traseira parece estar um pouco desproporcionada, mas ainda assim tem elementos que remete para o velhinho...

A sigla FJ Cruiser, desenhada para o mercado Norte Americano. Nota-se bem, não?

E o espelhinho de estacionamento/ângulo morto que os macaenses gostam tanto. Igualmente um elemento retro, usado nos automóveis japoneses da década de 60 e 70 .

terça-feira, 7 de maio de 2013

O filho do Marketing!

Estão prontos para mais uma descoberta?
Então pessoal, bora lá!!

Não é bonito, nem chama propriamente a atenção, mas é diferente o suficiente para se olhar, e estranhar...
Também não é um desenho intemporal, ainda que um pouquinho "futurista" para a altura em que apareceu. Não sugere rapidez, agilidade, ou ainda luxo. Chamaria-lhe um Toyota Corolla mais anguloso.
Falo-vos do WiLL VS.
Ok, não é uma marca minimamente conhecida.

Então, vão buscar o chocolate quente, uma mantinha e juntem-se à volta da fogueira, que eu vou-vos contar uma história.

A marca WiLL aparece no Japão em 1999 (até 2004), como uma jogada de Marketing de várias marcas/empresas para "produzir produtos" (gostaram?), para um público mais jovem, focando-se no estilo, "design" e serviços de maior qualidade e um pouco sobrevalorizados.
Os tais produtos vão desde sabonetes, chocolates, aspiradores, computadores e claro está, automóveis.
A tecnologia e construção estava a cargo da Toyota, que acaba por ser um dos maiores beneficiários desta união de marcas. Foi uma plataforma de lançamento de design mais arrojado, situação bastante anormal na casa mãe Toyota, e ainda, ter uma base de estudo para a então idealizada Scion.
Foi uma situação Win win para a Toyota, até porque, com uma produção limitada, hoje os WiLL têm imensa procura, e estarão sempre associados ao espírito aventureiro do gigante nipónico.
Já viram, nem custou tanto este mini momento de história.

Este WiLL VS é um carro com um estilo muito peculiar, e a verdade, é que se o compararmos a um Toyota Corolla (geração E110 ou E120) de 2001, ou a um Renault Megane do mesmo ano, vamos reparar que é realmente diferente e um pouco à frente. Não gosto muito de usar este termo, mas é verdade. Todas as três versões disponíveis estavam pejadas de extras, pouco habituais na época, ainda que se reflectisse no preço final. Um carro muito "fechado" e anguloso que parece ser pesado e pouco dinâmico  ainda que só viesse equipado com o motor 4 cilindros 1.800cc do Celica, com 140 cavalos na mecânica base e a versão mais espigada com 180 cavalos.

Para além do WiLL VS, ainda existem mais 2 modelos que já vi cá por Macau. Com pena minha, só consegui fotografar a traseira do WiLL Vi, mas é o suficiente para vos deixar agoniados por um bom par de dias.

Fiquem com as fotos, e respectivas legendas.

Para um carro de 2000, tem realmente umas linhas arrojadas. Vejo aqui um pouquinho de Renault Megane II.

Um pequena grelha ostenta o pequeno logo da WiLL. As óticas frontais foram pioneiras no tipo de foco que usavam.

Talvez o ângulo mais estranho do VS. Parece demasiado despido. Ia jurar que falta qualquer coisa ali...

A traseira é demasiado reta e geométrica. Parecem faltar detalhes estilisticos. De notar, farolins traseiros com tecnologia LED.

Demasiado fechado, acaba por criar um ambiente pouco luminoso para os passageiros de trás. E se o objetivo é dar um look desportivo, falharam...

Um interior bastante luxuoso. Ok, mais ou menos... O tablier é que parece ter sido desenhado à muito pouco tempo. Um ponto bastante positivo.

O lettring é que é triste. Talvez fosse melhor em Comic Sans!

E este é o deprimente WiLL Vi. Nem sei bem como definir este objecto, mas não gosto.

O pai do Ford Anglia deve andar às voltas no caixão. O senhor já morreu? Não sei. E o criador do AMI 6? Ok, vocês entenderam...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Um Mini nipónioco

Este é um daqueles post que vos vai encher de conhecimento, e é uma mais valia nas conversas de bar, sobre automóveis, claro está.
A Daihatsu em Portugal não tem grande expressão, e assim muito de repente lembro-me de três modelos vendidos no mercado português. O Sirion, Copen e o Terios. São carros simples, básicos, mas com uma qualidade muito satisfatória.
Pormenor muito interessante, é o fato da Daihatsu ser o construtor automóvel mais antigo do Japão. São mais de 100 anos de nome, mas na realidade, só começaram a ter fabrico total de todos os componentes em 1957, com o modelo Midget DKA.

Não sei quanto a vocês, mas para mim já chega de história! Vamos ao que interessa...

A Daihatsu cá por Macau está bem representada por toda a gama de modelos, que varia entre os 4x4, e os modelos mais "pequeninos", onde está incluído, o Mira Gino. O que é um Mira Gino?
Não, não é uma expressão espanhola! Não sei porque é que estão a pensar nisso.
O Mira Gino é a personificação asiática do BMC Mini. (sim, o velhinho, idealizado por Sir. Alec Issigonis)
Não lhe chamarei uma cópia, mas sim uma inspiração muito profunda. As linhas andam lá perto, apesar de ser um pouco maior, e menos bem conseguido. Mas inspirações no pequeno carro britânico não acabam só no seu aspeto à saída de fábrica. Todas as modificações que esta malta faz aos seus Ginos são inspiradas nos kitansos aos minis por esse mundo fora. Quais são as jantes favoritas do pessoal? As minilite, claro está! A verdade é que estas jantes "assentam" bem em quase todos os carros...

Rapidamente, para vos situar a nível técnico. estamos a falar dum pequeno carro, que não pesa mais do que 900Kg, e teve uma primeira mecânica 659cc atmosférico, e outra versão turbinada, com cerca de 32cv e 64cv respectivamente. Mais tarde apresentaram uma nova mecânica de 1000cc, atmosférico  também com 64cv, mas com um pouco mais de binário que o motor anterior. Garantidamente não vão fazer corridas para lado nenhum, nem ser o rei dos semáforos!
Foi produzido entre 1999 e 2004, e na verdade, não foram produzidas muitas unidades. Talvez possam valer uma pequena fortuna no futuro... Não acredito muito.

Andava a adiar este post porque andava a tentar "caçar" um vizinho aqui da zona que tem um Gino super kitado, com uma dump-valve bem barulhenta, jantes minilite gigantes e uns baquet e outras maluquices. Como não tenho conseguido apanhar o senhor, deixo-vos estes que fotografei. São modelos pouco alterados, mas prometo-vos que grande parte dos que circulam pelas ruas de Macau estão substancialmente mais modificados e interessantes.

Espero que gostem do Mini oriental!

Que tal um British Racing Green, com muita coisa cromada, e tejadilho branco?

As jantes Minilite sempre presentes. Este modelo está muito de origem... não tem muita piada!

Faróis amarelos a trazer um pouco o look "oldschool". Sei que não é igual a um Mini, mas vai buscar muitas referências.

Existem Ginos de 3 e 5 portas, ainda que por Macau, julgo só ter visto de 5 portas. Jantes e autocolante Minilite. Ponteira "race".

Muito simples e básico, acaba por perder piada, e afastar-se um pouco do modelo que tanto o inspirou.