sábado, 5 de outubro de 2013

Um britânico em Macau.

Os clássicos em Macau são uma raridade.
E dentro da raridade, vemos pouco mais do que Minis. Alguns Austin ou Morris, e muitos Rover, os tais Minis da geração de 90.
Estão quase todos em ótimas condições, e geralmente de origem.
Pode-se dizer que um dono do mini, cá em Macau, é uma pessoa que tem prazer e conhecimento sobre o carro que adoptou. Não é o típico condutor local, e por isso mesmo, o clube Mini de Macau tem imensa força, podendo, sobre permissões muito especiais, ir à China para encontros, viagens, etc.

Um destes fim-de-semana, na praia de Hac Sa encontrei um mini bem artilhado, que me chamou imediatamente a atenção. Estava com aquele estilo que se vê com alguma frequência em Portugal.
Grande alargamentos para suportar umas jantes largas, neste caso, umas Super Trax de 7x12 ou 7x13 polegadas, que não deixa de ser um exagero para o mini, com uns pneus Advan semi-slick, que é um pneu super sexy (e bom!). Ainda com pára-choques à frente e atrás, mas com o escape de saída dupla, centrado à traseira, e com uns farolins traseiros esbranquiçados, ou "tipo cristal", ficam-se por escolhas de mau gosto.

Uns interiores em pele ou napa, vermelhos, são demasiado berrantes para o meu gosto "refinado", e não são nada o meu estilo. Preferia ver antes um baquet antigo, com um interior despido. Em vez disso temos alguma opulência pirosa. Ainda assim, parece-me estar feito com muito detalhe, e ao gosto do dono, e no final de contas, isso é que interessa. Nota importante. Tem ar condicionado. Toma!

Duma forma geral, o carro tem bom aspeto, e é coisa bem rara em Macau. Mudava-lhe os interiores, e era um carro super porreiro para andar neste transito chato aqui da cidade.
Também lhe punha uma roll-cage em grande estilo. Provavelmente não caberia dentro do mini, mas o que interessa, é andar cheio de pinta.

Deixo-vos umas quantas fotografias, e meus amigos, não querendo gerar pânico, advirto-vos que estarei de férias durante duas semanas, e por isso, não terão qualquer actualização ao blog. Ou se tiverem, é porque me sinto super louco e tive alguma disponibilidade para o fazer. Mas não contem com isso. Sou demasiado preguiçoso para tal.
Peço-vos que voltem, porque convenhamos, vocês já não vivem sem uma leitura do Macau Paddock!

Com grande amor, até daqui a uns dias.

Uma boa primeira impressão. Está muito direitinho, e a pintura não tem manchas ou riscos. O esquema de cor, com o preto nos alargamentos e tejadilho fica com piada.

O escape a meio como se fazia há uns valentes anos nas corridas, tinha piada. Este é exagerado, e ainda fica pior com os farolins traseiros.

Os interiores para mim são um grande Não. Mas o ar condicionado é uma obrigação cá no clima húmido e quente.

Espelhos estilo torpedo, ficam sempre bem nestes clássicos populares. Conseguem ver o reflexo? Lindo!

Estas jantes são caras, e não seria a minha primeira escolha para um Mini, mas também não ficam mal. Não deixa de ser uma jante demasiado larga.

Estes pneus são espectaculares. São lindos, e oferecem um grip brutal. Este Mini deve andar colado ao chão e deve ser muito ágil.

A grelha preta entende-se para acompanhar o jogo de cor, mas a ver-se o interior, com aquela "fialhada" e detalhes a azul, não fica grande coisa.

Em Portugal, este tipo de traseira é muito vista, e talvez por isso, já me cansou e acabo até porque ganhar alguma aversão. Faróis de origem, e um escape mais discreto...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Parabéns Macau!

Em nota de grande esquecimento, fica a comemoração de um ano de Macau Paddock!
Dia 24 de setembro, há um ano atrás, estava a descobrir as belezas deste tão especial mercado automóvel.
Os imensos carros kitados, os carrões do casinos, as centenas de carrinhas azuis de carga e muitos outros exemplos da variedade que existe cá por Macau.

Hoje, tenho uma opinião muito sólida sobre os automóveis, e os seus hábitos enquanto condutores, e digo-vos, que é uma sitio e uma atitude muito peculiar.

O carro é uma entidade muito especial em Macau. É na sua maioria um argumento de status, uma vaidade, gostam de mostrar que têm, e o que para mim é mais interessante é que no final de contas, conduzem muito mal. Muito pouco desenrascados, lentos, sem visão periférica e negação ao uso de qualquer espelho que possa auxiliar a visão traseira.Isto começa na aprendizagem, que é muito pobre, e no avanço e desenvolvimento da condução, que, "Deus me livre", tem que ser um carro automático. Digo isto várias vezes, sublinho, e volto a repetir: País, cidade ou estado em que 90% dos automóveis são automáticos, só mostra que estamos perante um "corja" de maus condutores.

Aliando ao fato de haver muito dinheiro em Macau, temos um desfilar de bons carros, num transito lento, algo ingénuo, e de irritar qualquer condutor mais despachado.
Os grandes orçamentos começam a ter espaço para modificar carros valiosos, com pinturas e acessórios de gostos duvidosos, mas a proximidade ao Japão, acaba por também trazer ótimas preparações, muito estilosas, a seguir as modas atuais do drift, VIP e o street race...

Macau é um mundo, e eu vou continuar a mostrar-vos coisas bonitas, feias, cómicas, hyper cómicas e outras deprimentes.
Adoro escrever estas curtas palavras e que ilustram o que este pedaço de terra ao lado da China!

Fiquem com mais um exemplo de muito dinheiro e bastante irreverencia.

Vejam bem esta matricula. Only One. O preço deve ter sido o mesmo do Aston Martin do post anterior. Este roza é meio mate. Não é feio de todo...