domingo, 3 de fevereiro de 2013

Uma clássica surpresa!

Macau é uma terra de muito dinheiro. As pessoas com muito dinheiro, gostam de ter coisas novas. Esta será a máxima local.

Portanto, ver clássicos é algo raro. Muito raro. Para além de não haver uma cultural motorizada antiga, tudo o que tenha 15 anos é velho, portanto, nada como vender ou trocar por algo novo. Isto é nos automóveis, nos móveis de casa, etc.

Mas por vezes temos a sorte de ver algo interessante, com uns aninhos valentes, e em muito bom estado.
Ok, estou a ser injusto... Estou-vos a mentir. Vé-se com algum frequencia Minis. Grande parte das vezes são os minis da geração de 90, com as mecânicas rover/metro, mas ok, não deixa de ser um Mini, e o Mini é um carro giro. Acima de tudo é um icone, e um carro com 50 anos de história e com tantas unidades vendidas não pode ser desvalorizado desta forma, portanto, peço-vos desculpa!

Então vamos lá por os pontos nos "i". Quando me refiro a clássicos, procuro coisas raras. Coisas fora do contexto de Macau. Os tempos avançam, e os "objectos" antigos não ficam para contar a história.

Mas desta vez foi diferente, e Macau decidiu dar-me uma prenda.
Boa! Que tal um Toyota Celica Supra? Ok, pode ser, mas nem sei bem o que é... e não meus amigos, não me enganei. Sim, Celica e Supra juntos na mesma sigla. Passo a explicar.
Antes do Supra ser apenas Supra (que ficou com este nome apenas na terceira geração que apareceu em 1986), chamava-se Celica Supra, porque foi uma evolução do antigo Celica. Ou seja, em 1978, criou-se um Celica mais espigado, com um motor seis cilindros (o celica sempre manteve o 4 cilindros), e aumentou-se um pouquinho a plataforma para sustentar a evolução mecânica, mas exteriormente, a primeira geração deste Celica Supra era igual ao Celica.

Foi já na segunda geração (de 1982 para a frente) que a Toyota tentou diferenciar um pouquinho este Celica Supra do Celica, dando-lhe um ar mais robusto e agressivo, na minha opinião bem sucedido.
As mecânica eram básicas mas decentes, todas com injecção electrónica  numa cabeça de 2 válvulas por cilindro, num motor de 6 cilindros e 2.8cc, que andava pelos 140cv até aos 170cv, dependendo do mercado de exportação que se destinava. No Japão, devido às normas das cilindradas e tamanhos, vendeu-se uma versão 2.0, mas a "patanisca" não deveria ser a mesma!

O vosso escriba em Macau gostou muito deste RWD classic aqui do oriente, e como é muito raro por a vista neste tipo de veículos (tirando no Gran Turismo), decidiu partilhar com todos vós que seguem assiduamente o Macau Paddock!

fotos: Pedro Silva

Tem uma ótima presença. E na verdade, eu gosto muito dos Japoneses dos anos 80. Tem um pouquinho o síndrome do "patinho feio".

Sim, estava mal estacionado! Mas não há nenhum policia que tenha coragem de o multar. Não, estou a brincar. A policia é implacável!

As jantes são muitos fixes! Dá-lhe um ar musculado! Deste ângulo  parece um pouquinho os Corollas AE86.
O símbolo no capot. Tem muita pinta. Mesmo à japonesa!

E os faróis que se levantam... Sweet! O carro estava em ótimo estado.

A sigla do Celica manteve-se inalterável até à penúltima geração, mas a escala face ao Supra, mostra a vontade de o diferenciar. 








1 comentário:

  1. Muito bom, nunca tinha visto!
    Os pneuzões BFGoodrich nas jantes largas dão-lhe muita pinta. Mas para ser mesmo 80s bad-ass precisava de umas "persianas" no vidro de trás.

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