quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Encher o sapatinho!

Não queria passar o Natal, vem vos dar um pequeno presente!
Vocês, os meus leitores merecem tudo, e mais alguma coisa. Assim bem de repente, o tempo passa e já é Natal. Por cá, é quase um dia como os outros, e a vida corre da mesma forma. Os carrões continuam às voltas pela cidade, e os street racers continuam a saltar de semáforo em semáforo.

Tentei procurar algo com as cores tipicamente natalícias, mas o melhor que arranjei, foi um avermelhado, meio laranja, meio tijolo mate. Não é mau, pelo menos no abstrato. Mas se vos disser que é um Mercedes SLS nesta cor, talvez o caso mude de figura.

Não há muito a explicar neste caso. Todos vocês conhecem o SLS, e grande parte dos comuns mortais adora este carro. Um desenho interessante, inspirado numa lenda, num bolo tecnológico muito capaz, e para quem já teve o prazer de sentar o fofo num, é uma bala. O som do gigante V8 é viciante, e deixa qualquer um a gritar que nem uma menina. Sublime!

Este em particular foi modificado, criando uma espécie de SLS que ninguém quer ter... a cor não é feliz, e muito menos os kits estéticos. Assim se consegue estragar um carro bem rapdiinho.
Ou será que não está assim tão mau?
O vosso escriba, não gosta mesmo nada, e se o blog é meu, e eu dou o veredito final, estes SLS, meus amigos, reprova...

Mas antes meus caros, um Feliz Natal, e que o menino Jesus me traga muito dinheiro para ter muitos carros!

À primeira vista, tudo muito bem...mas só quando começamos a ver os detalhes do carro é que o caso muda de figura!

A traseira foi quase deixada de origem, o que é um ponto a favor. A cor era muito forte e chamava imenso a atenção!

Este "roof scoop" até pode ser em carbono, mas não acredito que não passe dum ornamento estético, e é parvo! Para além de ficar pessimamente mal!

Este para-choques "fater-market" deve estar a tentar dar ares the "black Edition", mas sem grande sucesso! Tudo o que é preto, ou é carbono ou mate...

O 6.3 mete sempre algum respeito. Este SLS tem um som muito característico, e eu acho-lhe imensa piada! E é um coração cheio de força! Espetacular!

Um carro em Macau nunca fica completo, senão tiver uns peluches e umas bonecadas no tablier. Nem mesmo os super-desportivos se safam... é cómico e triste!

Ainda assim, com estas foleirices todas, não deixa de ser um carro muito sexy! Tem uma presença incrível! A cor até passa, agora o kit estético é que é pior!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O Bruta Montes Luxuoso!

Tento ser ecléctico para agradar um pouco a todos vós, ainda que sejam apenas 4 leitores...
Mas consigo reconhecer que fujo de vários tipos de automóveis, em especial, jipes.
Porquê? Talvez por nunca me ter sido incutida a cultura do off-road em "catraio", e depois nunca prestei muita atenção ao todo-o-terreno, ainda que entenda o apelo. E é mesmo por entender o apelo dos jipes, que não percebo porque é que alguém compraria um jipe em Macau. Não há oportunidade em nenhum local de sair de estrada e seguir uns trilhos, ou usar umas estradas de terra mais estragadas. Não temos neve nem estradas secundárias de origem romana. Nada!

Então porquê comprar um jipe? Será pelo tamanho? Talvez por se sentirem mais seguros a conduzir um carro enorme, pesado e bruto? E depois não se ficam pelos jipes pequenitos de cidade. Não meus amigos! Como vocês já devem calcular, aqui procura-se o maior, o mais caro e o mais potente. Abundam os Audi Q5 e Q7, os BMW X3 e X5, Porsche Cayenne (ao pontapé!), mas um que nunca tinha visto, e me deixou realmente surpreso, foi o Mercedes G 65 AMG.
Não deixa de ser um V12 Bi-turbo, com 612 cavalitos, que mete muito respeito, mas que levanta a velha questão... para quê? Para ir aonde? Em Macau?

Sinceramente, nem acho grande piada ao classe G em modo luxuoso. Acho que faz sentido os modelos off-road à séria, preparados e pensados para ir andar fora de estrada, e pelo que sei, é um ótimo jipe!
Este que fotografei aqui no NAPE, era novinho, acabadinho de sair do stand, preto mate e sem kitansos manhosos. Ainda que seja um carro muito especial, e aqui em Macau, especialmente caro, passa-me ao lado, e não tenho qualquer inveja do dono. Aliás, não acho nada inteligente ter isto por cá. Ao menos um Ferrari dá para "assapar" nas horas, e fazer umas curvassas, enquanto que com o Classe G... bem, com 600cv dum V12 Bi-turbo também deve dar para fazer umas macacadas!

Enfim, vocês já sabem que eu não sou fã destes carros, mas para vocês, tirei umas belas fotografias!
Espero que gostem!

Não é bonito, nem glamoroso, nem acho que tenha um aspeto de durão! Sinceramente, até passa um pouco despercebido... 

A traseira até é pobrezinha. Não fosse aquelas siglas cromadas, ninguém dava nada por ele. Não é exageradamente grande.

Sou só eu que até acho o re-design deste G está fraquinho, e parece ter má qualidade? Parece uma imitação Chinesa...

V12 Bi-turbo deixa qualquer entusiasta automóvel com um sentimento de calor nos genitais. Tentei ser o mais correto possível.

Entretanto, e se os senhores de Macau lerem o meu blog, deixo uma proposta: Já chega de usar preto mate nos vossos carros. Não é gangster! Já é um bocado "parolo"!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Os tons do MX-5.

Depois do Grande Prémio de Macau, foi altura dum curto descanso, e o regresso à normalidade.
Por aqui há tanta oferta de material para o blog, que tenho que definir prioridades. A verdade é que aparece sempre qualquer coisa muito gira ou interessante, e mudos sempre os planos. Hoje não é diferente!

Antes, uma pequena introdução.
Há uns tempos, falava com um amigo sobre o Mazda MX-5, numa discussão que se tornava cada vez mais acesa. Eu, não sendo um radical da doutrina MX-5, defendia a qualidade do pequeno Mazda como sendo um carro muito interessante, enquanto o meu amigo, achava que o roadster japonês é overrated, e que não merece o estatuto que lhe atribuem. Eu cá acho que o MX-5 é um ótimo carro, tendo em conta, claro, o preço do "pacote". Concordo um pouco com a segunda critica feita pelo Chris Harris em relação ao MX-5, onde refere que é um bom roadster, e não um sports car.
E porquê? Pois então, vejamos. Um carro muito leve, razoavelmente bem construído, não muito potente (consegue fazer bons consumos, e também se consegue puxar por ele), muito ágil, e com um design simples mas agradável. Depois, temos sempre a expressão cliché, que é preciso conduzi-lo para entender a questão do valor que o carro tem, mas é realmente verdade. Tive oportunidade de conduzir a primeira geração, e a última, e são os dois muito divertidos. Leves, ágeis, rápidos e acima de tudo, divertidos e dá-nos um sentimento de controlo e satisfação que é difícil de ir buscar num carro deste género. Ok, talvez um SLK 55 AMG ou um velhinho Z3 M Coupe, nos deixe com as cuequinhas molhadinhas, mas os valores não serão certamente os mesmos, e não é qualquer um que brinca com os mais potentes.
Por outro lado, sou defensor das alterações profundas nos MX-5, sejam mecânicas, ou estéticas.
Mas é aqui também, no campo estético, que Macau me desafia na busca de compaixão e amor por este carro.

Defendo alterações até um certo ponto estético que seja aceitável, pelo menos, ao meu gosto, que como vocês sabem, já inclui muita "foleirada" que com alguma vergonha, admito e assumo. Este exemplar do roadtser da Mazda que vi aqui estacionado no NAPE passou o limite do aceitável, mas tiro o chapéu ao dono do carro que teve a coragem de pintar assim o carro, desvalorizando o valor dum carro com alguma procura aqui por estas bandas, e que geralmente são caros. Será que desvalorizou?
O dono do carro chegou quando estava a fotografar o belo do automóvel, e com um grande sorriso fez-me um thumbs up. Um tipo positivo. por isso ganha mais uns pontos!

Mas meus amigos, mesmo assim, reprovou.
Espero que gostem!

E que tal esta cor iridiscente? Pois, eu entendo. Acho que há limites. Isto é Macau... logo ao lado, um Civic foleiro com jantes pretas e baquets!

Não fica especialmente bonito visto deste ângulo, e com esta cor. Olhem a matricula. 4 é azar aqui na China, mas estas chapas deve ter custado uns milhares...

Admito que este azul e roxo, até jogam bem na minha palete de cores de designer...

O Sol a reflectir na parte de laranja dá uma cor muito forte e dramática. Ainda assim, não é um sucesso, não...

Esqueci-me de dizer que as jantes era muito fraquinhas. Tiram logo metade da piada ao carro.

No interior, volante e manete da caixa diferentes. De resto, os penduricalhos do costume.