domingo, 17 de março de 2013

Quentes e fogosos!

Eu gosto de pequenos "hot hatchback". Por esta altura, já devem estar fartos de saber isto!

Também já sabem, que o melhor "hot hatchback" do mundo é o Citroën AX GTi, e disso ninguém tem qualquer dúvida! Se têm dúvidas, mais vale carregar naquela cruz vermelha lá em cima. Se for num produto da apple, minimizem ou assim...

Os construtores japoneses entenderam bem a receita, principalmente porque a nível fiscal, tiveram mesmo que fazer um redimensionamento dos automóveis  seja a escala global, seja a cilindrada dos motores, mas a ideia de performance esteve sempre presente.

Foco-me no exemplo da Toyota, que constrói um pouco de tudo, mas sempre teve o seu pequenino foguete, dedicado a um mercado mais jovem, que procurava velocidade (não muita...) agilidade, e divertimento a baixo custo. Foi assim que o Starlet foi ganhando espaço num mercado ainda em crescimento.

O primeiro Starlet, de 1973, é um chanato e não interessa para a história.
Na segunda geração, a tração traseira era um "trunfo" para o vivaço S, com um motor 1.3cc, de carburador duplo, com bastante genica, aliado ao baixo peso, tornou-se um "bilhete de iniciação" às brincadeiras do ainda pouco divulgado drift. O Starlet KP61 ainda entrou nos campeonatos de velocidade em alguns mercados europeus e japoneses, e Portugal não foi excepção.

A terceira geração, trouxe a tração à frente e um automóvel muito básico, mas prático e bastante fiável.
Não é um marco no design automóvel  mas tem os traços dos anos 80 tão marcados que lhe dão aquela magia dos carros japoneses dessa época.
Apesar de terem existido umas versões turbo, muito raras, não passavam de exemplares "importados" para a competição, mas, a versão que realmente interessava deste EP71, era a 1.3S ou 1.3SE. Uma mecanica simples, mas que chegou à competição, em diversos estágios de evolução, espalhado por vários mercados. Em Portugal, o troféu de iniciados, modalidade velocidade, apresentava um Starlet 1.3cc com algumas modificações mecânicas  que o tornava uma pequena bala. Tive o grande prazer de conduzir um destes Starlet's do meu amigo Renato Silva, e posso afirmar que é um dos mais divertidos carros que conduzi. É tão simples, tão sincero que não precisamos de dar 200km/h para esboçar um sorriso de orelha a orelha!

A versão EP71 era para alguns, demasiado banal, demasiado aborrecida, e o que a quarta geração do Starlet trouxe foi exatamente nada. Foi uma evolução estética natural, e não trouxe realmente nada de novo. Criou uma linha mais "confortável" para os anos 90, mas continuou a ser um carro sem grande estilo.
Mas as versões turbo já se tornavam mais populares, e até a introdução de tração às 4 rodas foi usada no mercado Japonês. As versões 1.3cc eram agora quase todas de 16 válvulas, ainda que para o mercado Europeu, as cabeças de 8 válvulas eram mais usadas.
Eram carros mais eficientes, mais rápidos, com melhores travagens, e que tiveram bons resultados em ralis e outras provas de velocidade.

Mas o pico desta evolução foi sem dúvida a quinta (e última) geração. Este modelo, o EP91 foi introduzido em 1996, e as versões mais espigadas foram um sucesso de vendas no Japão. No mercado português não foram importadas muitas unidades das versões mais potentes, e mesmo o nome Glanza, em Portugal não deve ser muito conhecido. Glanza era a denominação dos modelos desportivos deste novo Starlet. Apareceram duas versões, ambas com mecânicas 1.3cc e cabeça 16 válvulas  mas uma turbinada, e outra atmosférica. Vinham com preparações a nível de suspensão e reforços na carroçaria. Tinham mais estilo, grandes entradas de ar, rebaixados, jantes mais "gordas", etc.

Para não vos chatear mais, deixo-vos umas fotos duns Starlet's que vi cá por Macau, e que me deixaram com um sorriso! Gosto muito disto. Sei que são uns chanatos, mas gosto muito!


A frente do mercado Japonês chama a atenção, e as siglas di GI dizem que estamos perante o 1.3 de 87 cavalos.

O estilo "street racer" baratucho dá-lhe ainda mais piada! Gosto deste estilo.
Baquets da Bride dão extra créditos à pinta do carro. O volante race também tinha que estar lá!

Aqui temos um EP91, versão Glanza! Uma bala!

Espreitando ali por baixo via-se um pequeno intercooler para o turbo. Entradas de ar extra mostram que este deverá ser a versão turbo!

Com um aspeto muito sólido, é um carro muito interessante, e que pede umas aceleradelas.

Uns belos baquets vermelhos e um volante race, dão mesmo vontade de entrar e conduzir!

Umas jantes Toyota da RAYS, que equipavam as versões mais espigadas. Bem fixe!

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