terça-feira, 26 de março de 2013

O Templo do Drift!

Já disse mil vezes, e digo novamente. O que a malta quer é street race.
E é isso que Macau oferece ocasionalmente.

E foi neste fim-de-semana, durante a visita duns amigos de Portugal, que fomos visitar um templo gigante, mas novo, que só é acessível de carro por uma estrada estreita aos "S's", com ganchos muito apertados, e duma forma geral, muito interessante.
Claro que quem tem os carros no sangue, imagina fazer aquilo num hatchback muito leve, ou num tração traseira a rabear por ali acima!

Quando chegamos ao topo do monte, deparamo-nos com um templo enorme, e um grande parque de estacionamento com poucos carros, mas com uma agradável surpresa.

Assim com um aspeto um pouco duvidoso, estavam 4 Nissan, dois S14 e dois 180/200SX, claramente preparados para a prática de drift, ainda que um aspeto abandonado. Reparei também numa antiga Toyota Liteace com mau "ar", que me deu logo a ideia de carrinha de assistência.
Ao chegar mais perto, todas as duvidas sobre serem carros preparados para drift foram por água abaixo.

Apesar de terem um look um bocado foleiro, tinham todos os requisitos de carros com um único propósito... andar "de ladecos"!
Os baquets da Bride; volantes mais práticos e um deles bem interessante (modelo icónico no Japão, mas italiano, um NARDI); manetes mais curtas da caixa; um dos Nissan tinha travão de mão hidráulico; Manómetros de pressão de turbo e outros.
Esteticamente não estavam muito bonitos. jantes pequenas (para ser mais fácil a derrapagem), pára-choques demasiado básicos, e cores planas, sem brilho, mesmo à street racer ilegal e maluco.

A tal Liteace que estava lá estacionada era mesmo uma carrinha de assistência, com mangueiras e "jerricans" de gasolina, pneus, macacos, etc.

A questão curiosa, é que os carros estavam lá parados, aparente abandonados, mas com uma razão muito lógica. Ali, naquele parque, não se paga parquímetro, e o fato dos donos serem uns bandidos e terem carros bastante ilegais, ou pelos menos, que chamem a atenção das autoridades, torna-se preferível deixá-los no sitio onde vão brincar, de forma a não terem que se deslocar de um lado para o outro, a "passear-se" pela Taipa ou Macau, podendo ter a policia a dar-lhes dores de cabeça. Assim, numa altura do dia e da semana, eles deslocam-se lá num carro ou mota perfeitamente banal, fazem as brincadeiras que têm a fazer e vêm-se embora. Os carros ficam lá, sem qualquer problema, visto que em Macau, ninguém rouba ou mexe em nada!

Esta forma de agir é que me surpreendeu, e os carros que lá estavam não deixaram de ser uma ótima visão!

Thumbs Up para estes drifters!
Agora fiquem com uma coleção fotográfica!

O tal templo. Grande, e bem bonito.
Os carros estacionados no parque. Eu fui conduzido at]e ao templo num belo Nissan March novinho.
Um Silvia, ou 180SX, ou o que vocês quiserem chamar.

Volante Momo Drift, e baquets da Bride. Os manómetros de tudo e mais alguma coisa. Este estava pouco estimado no interior...

Os autocolantes foleiros têm que estar sempre presentes!

As jantes pequenas não lhe dão muita credibilidade. Os faróis também são detestáveis! E o para-choques todo queimado dá-lhe piada!
Um Silvia, ou S14, com o seu motor turbo é um dos carro prediletos para o drift. Gosto muito deste carro, ainda que este roxo e os pára-choques não sejam muito fixes...

Este era talvez um dos melhores "cockpit". Estava com um ar "novinho". Gostei.

O volante Nardi é um must para a malta do drift! E a verdade é que lhe acenta que nem uma luva!
Uma barra "anti-aproximação" para a torres superior da suspensão traseira reforça toda a estrutura, e dá-lhe mais rigidez para o drift. Muito bem!

Muito sujos estes carros. Um cenário bem interessante.

O autocolante do "gang" da malta do drift. High Speed em Macau não acredito muito...
Outro Silvia, um pouco mais foleiro que o anterior. Estas jantes não ficam mesmo nada bem. Este estava bem sujinho. Talvez por andar de lado?

Gosto dos faróis de trás. Ainda assim, gostei do conjunto geral deste.

Talvez o interior mais inestimado e com mais "bom gosto". Posso dizer bom gosto? Ok, eu gosto!

O mais "fora da lei" ou Mad Max style ali presente! Tinha mesmo um look de desleixado que gosta é de puxar pelo carro, e o resto é conversa.

Jantes de cada cor é uma prática comum para a malta do drfit. Tem mais piada, e causa um efeito giro! Até acho piada!

E esta "hein"? Travão de mão vertical, mas não hidráulico. A manete também é bastante race, mas o resto do interior parece o mais low cost possível. 

A tal carrinha de assistência! No meio dos quatro carros. Grande ideia...

O interior da Liteace. Pneus, gasolina, oleos, macacos e outras tralhas que sejam necessárias para se ser um bandido do drift! Bem fixe!

domingo, 17 de março de 2013

Quentes e fogosos!

Eu gosto de pequenos "hot hatchback". Por esta altura, já devem estar fartos de saber isto!

Também já sabem, que o melhor "hot hatchback" do mundo é o Citroën AX GTi, e disso ninguém tem qualquer dúvida! Se têm dúvidas, mais vale carregar naquela cruz vermelha lá em cima. Se for num produto da apple, minimizem ou assim...

Os construtores japoneses entenderam bem a receita, principalmente porque a nível fiscal, tiveram mesmo que fazer um redimensionamento dos automóveis  seja a escala global, seja a cilindrada dos motores, mas a ideia de performance esteve sempre presente.

Foco-me no exemplo da Toyota, que constrói um pouco de tudo, mas sempre teve o seu pequenino foguete, dedicado a um mercado mais jovem, que procurava velocidade (não muita...) agilidade, e divertimento a baixo custo. Foi assim que o Starlet foi ganhando espaço num mercado ainda em crescimento.

O primeiro Starlet, de 1973, é um chanato e não interessa para a história.
Na segunda geração, a tração traseira era um "trunfo" para o vivaço S, com um motor 1.3cc, de carburador duplo, com bastante genica, aliado ao baixo peso, tornou-se um "bilhete de iniciação" às brincadeiras do ainda pouco divulgado drift. O Starlet KP61 ainda entrou nos campeonatos de velocidade em alguns mercados europeus e japoneses, e Portugal não foi excepção.

A terceira geração, trouxe a tração à frente e um automóvel muito básico, mas prático e bastante fiável.
Não é um marco no design automóvel  mas tem os traços dos anos 80 tão marcados que lhe dão aquela magia dos carros japoneses dessa época.
Apesar de terem existido umas versões turbo, muito raras, não passavam de exemplares "importados" para a competição, mas, a versão que realmente interessava deste EP71, era a 1.3S ou 1.3SE. Uma mecanica simples, mas que chegou à competição, em diversos estágios de evolução, espalhado por vários mercados. Em Portugal, o troféu de iniciados, modalidade velocidade, apresentava um Starlet 1.3cc com algumas modificações mecânicas  que o tornava uma pequena bala. Tive o grande prazer de conduzir um destes Starlet's do meu amigo Renato Silva, e posso afirmar que é um dos mais divertidos carros que conduzi. É tão simples, tão sincero que não precisamos de dar 200km/h para esboçar um sorriso de orelha a orelha!

A versão EP71 era para alguns, demasiado banal, demasiado aborrecida, e o que a quarta geração do Starlet trouxe foi exatamente nada. Foi uma evolução estética natural, e não trouxe realmente nada de novo. Criou uma linha mais "confortável" para os anos 90, mas continuou a ser um carro sem grande estilo.
Mas as versões turbo já se tornavam mais populares, e até a introdução de tração às 4 rodas foi usada no mercado Japonês. As versões 1.3cc eram agora quase todas de 16 válvulas, ainda que para o mercado Europeu, as cabeças de 8 válvulas eram mais usadas.
Eram carros mais eficientes, mais rápidos, com melhores travagens, e que tiveram bons resultados em ralis e outras provas de velocidade.

Mas o pico desta evolução foi sem dúvida a quinta (e última) geração. Este modelo, o EP91 foi introduzido em 1996, e as versões mais espigadas foram um sucesso de vendas no Japão. No mercado português não foram importadas muitas unidades das versões mais potentes, e mesmo o nome Glanza, em Portugal não deve ser muito conhecido. Glanza era a denominação dos modelos desportivos deste novo Starlet. Apareceram duas versões, ambas com mecânicas 1.3cc e cabeça 16 válvulas  mas uma turbinada, e outra atmosférica. Vinham com preparações a nível de suspensão e reforços na carroçaria. Tinham mais estilo, grandes entradas de ar, rebaixados, jantes mais "gordas", etc.

Para não vos chatear mais, deixo-vos umas fotos duns Starlet's que vi cá por Macau, e que me deixaram com um sorriso! Gosto muito disto. Sei que são uns chanatos, mas gosto muito!


A frente do mercado Japonês chama a atenção, e as siglas di GI dizem que estamos perante o 1.3 de 87 cavalos.

O estilo "street racer" baratucho dá-lhe ainda mais piada! Gosto deste estilo.
Baquets da Bride dão extra créditos à pinta do carro. O volante race também tinha que estar lá!

Aqui temos um EP91, versão Glanza! Uma bala!

Espreitando ali por baixo via-se um pequeno intercooler para o turbo. Entradas de ar extra mostram que este deverá ser a versão turbo!

Com um aspeto muito sólido, é um carro muito interessante, e que pede umas aceleradelas.

Uns belos baquets vermelhos e um volante race, dão mesmo vontade de entrar e conduzir!

Umas jantes Toyota da RAYS, que equipavam as versões mais espigadas. Bem fixe!

sábado, 9 de março de 2013

O tal Integra sedan.

Pois é meus amigos, Macau é um caixinha cheia de surpresas!

Ainda que a saga Gran Turismo tenha dado uma grande ajuda na descoberta dos modelos asiáticos, é sempre uma alegria quando vemos estes carros "em pessoa".

Em Portugal nunca vi nenhum, e até julgo que não foi feita a importação deste modelo para terras Lusas.
Estou a falar do Honda Integra type-R DC-2 de quatro portas (5 portas no total...). Sim, quatro portas!
O modelos de 3 portas é visto por Portugal, ainda que seja um veiculo um pouco raro. Aqui por Macau vemos bastantes, e ainda mais a evolução, o DC5.

O DC-2, foi feito entre 1993-2001, e é uma das melhores criações da Honda. Um carro projectado com os olhos na competição, e com uma forma de trabalho que só os japoneses se lembrariam. As intensas reduções de peso, ao mesmo tempo que se reforçava todo o chassis, aliada a um jogo de suspensão e trem motriz muito evoluído, criaram um carro verdadeiramente icónico. O motor 1.8cc de 200cv (no mercado japonês) era uma pérola. Montado à mão, com a cabeça 16 válvulas trabalhada e polida ainda na fábrica, aliada a uma geometria baseada na competição, e com o auxilio dos sistema VTEC, conseguiu-se fazer o motor mais potente na relação de cavalos por litro (na sua época), sendo ultrapassado mais tarde pelo Honda S2000.

O seu mano mais comprido apareceu inicialmente nas versões ESi, Si, que eram uns simples sedans com um design arrojado (o jogo de dois faróis redondos foi o pnto alto), e uma mecanica 1.6 de 142 e 178 cavalos, que já por si era bem despachadas. A versão type-R aparece no sedan por uma questão de marketing. No Japão serviu para dar resposta aos novos 5 portas que estavam a ser alvo de imensa procura, nomeadamente o Subaru Impreza ou o Mitsubishi Lancer Evolution, ainda que estes fossem versões turbinadas e de tração às 4 rodas.
No mercado Europeu não houve importação suficiente para se tornar relevante, mas o mercado Norte Americano já houve outro interesse neste tipo de carro, ainda que o modelos de 3 portas fosse sempre mais interessante, rápido e bonito.

O Integra sedan não tinha o tratamento que o coupe tinha. Foi mais uma transferência de órgãos: motor, caixa, diferencial, e outras coisitas, enquanto que o chassis ficou quase stock, apenas com detalhes de reforço na secção traseira.
A frente com as óticas redondas foi muito usada no Japão, mas os modelos de exportação vinham com um conjunto diferente de faróis, que verdade seja dita, tira-lhe o glamour dos meados dos anos 90...

Os exemplares que vi por Macau são geralmente o type-R, mas também já vi o Si, o 1.6cc de 178 cavalos.
Como são carros locais, têm geralmente jantes diferentes das de origem, estão rebaixados e com baquets. O Capot preto também é uma constante.

Um carro interessante e raro. Fiquem com ele... (hoje o material fotográfico é mauzinho, desculpem!)


Este tinha jantes de origem e capot preto. Estava porreiro, mas nada de especial...

Os farolins traseiros eram iguais em todas as versões. A versão sedan acaba por ter um look mais pesado, mais lento.

Versão Si, com umas jantes "after market", sem grande piada. Ainda assim, 178 cavalos é bem bom!

sábado, 2 de março de 2013

Comprida e branca... como se quer!

O que é que as cidades com casinos têm que ter?
Limousines, claro!
E quem é que gosta de limousines? Ninguém!

Ok, não é bem assim. O lado lúdico destes carros muito compridos confere-lhe sempre uma aura especial para vários tipos de ocasiões, e, aqui por Macau, nada melhor que ser o transporte para umas crianças recém casadas !

As ornamentações do carro são sempre muito foleiras, e infantis. Usam imensas vezes bonequinhos e peluches na grelha frontal... mas um dia farei um post só com carros de casamento.

Esta limousine é baseada no Chrysler 300, e tem como base o motor V6 de 3.6 litros, mas existe a opção do V8 5700cc HEMI. Esta que vemos na fotografia deverá ser a V6, porque pelo barulhinho que fazia, o V8 não seria com toda a certeza! Com 2.5 toneladas deve ser tão divertido de conduzir como o Lincoln anterior que vos mostrei. Os preços destas limousines acabam por ser bem mais baixo que qualquer Mercedes classe S ou superior, e com uns 65000 € já se tem um carro deste género.

Bem, aqui fica ela, bem foleira...

Este modelo está muito básico. Nos "Estates" vende-se disto com grandes jantes, "Lambo doors", muitos neon's e coisas assim...

Muita uva e pouca parra. Dá para usar esta expressão aqui?